Coluna 3313 14.Agosto.2013
Que quer o novo Citroën C4 agora chamado Lounge ?
Com abertura de pré vendas dia 20 de agosto e vendas com entregas aos 22 de setembro – a data pode ser mudada pois coincide com o dia mundial sem uso de automóvel -, o substituto do C4 Pallas quer concorrer com os japoneses Toyota Corolla, Honda Civic, Mitsubishi Lancer; coreano Elantra; alemão VW; com argentino e próximo Ford Focus; GM Cruze; e primo Peugeot 408, todos frequentadores da fatia dos sedãs médios no mercado nacional. Francesco Abbruzesi, italiano, diretor geral da marca no Brasil, não apresenta números, mas aposta que duas dentre as três versões de decoração serão as mais demandadas. Tendance, intermediária, motor 2.0, câmbio mecânico – R$ 62.500 – ou automático, de R$ 67.000 e Exclusive, com motor 1.6 com turbo, automático, a R$ 72.500. Versão de entrada a R$ 60 mil e de topo a R$ 78 mil. Argumenta entre novidade, formulação, conteúdo e preço. Como enfatiza, é o turbo mais barato do Brasil. Afirmativa coerente, não apenas pela palavra Turbo e seu fetiche, mas pelo bom resultado oferecido pelo motor que o recebe, o THP – publicitariamente iniciais do equivalente termo inglês de Turbo de Alta Pressão. Mesma a quem não saiba especificamente do que se trata, se é turbo é bom e se a pressão é alta, melhor ainda.
Como é
Considerado a partir de suas linhas, harmônicas, frente bem assinalada pela logo que separa capô de para choques, é peculiar, dando forma concreta à filosofia do grupo PSA, francês, controlador das marcas Citroën e Peugeot. Com quedas de vendas e problemas de caixa na Europa, a PSA decidiu apostar em mercados externos. Vem conseguindo bons resultados, com mais vendas mundiais que européias. Tal mudança despadronizou os veículos, pela criação de linhas paralelas – para europeus um tipo de modelo; para mercados emergentes, especialmente Rússia, China e Brasil, outros.
O C4 chamado Lounge exclusivamente no Brasil – nos outros países C4 L – e há pequenas diferenças entre eles, traçada entre entendimentos e divergências com as equipes de design da empresa, incluindo palpites dos 15 profissionais deste ramo do PSA Latin America Tech Center.
Lounge, no linguajar dos nossos frequentadores de Miami significando área de conforto, quer remeter à maior distância entre eixos entre os concorrentes e, daí, a capacidade de bem receber os passageiros dos bancos dianteiro e traseiro – neste, a possibilidade de reclinar o encosto em até 29 graus.
Há caracterização local, com o trato da suspensão para resistir à aspereza, agruras, irregularidades, desníveis e buracos das ruas e estradas nacionais, a capacidade de queimar gasálcool sem danos pelo motor 1.6 THP, e ter habilidade flex no 2.0. É atualizado com as tecnologias e confortos, desde o uso contido de 2 bolsas de ar na versão de entrada, crescendo até seis nas superiores, até a aplicação de sistema Keyless, que permite abrir e fechar o carro tendo a chave por perto, ligar e desligar por botão, piscas nos retrovisores externos, sistema de navegação com tela de 7 polegadas, de som Arkamys, câmera de ré, faróis bi xênon auto direcionais, teto solar eletrônico, ar condicionado bi zone. Serão sete as cores, e as rodas em liga leve, tampando os freios a disco nas 4 rodas com auxiliares eletrônicos, como ABS e AFU, podem ser em aros 16 ou 17”.
A motorização, como dito, é 2.0, 4 cilindros, 16 válvulas, bloco em alumínio, com VVT para variação da abertura das válvulas e ganho de dirigibilidade. O motor 2.0 tem excelente dosagem de torque, 21,7 kgfm a álcool e 20,2 kgfm a gasálcool garantindo capacidade de andar em rotações baixas sem necessidade de mudar de marchas para passar sobre algum dos múltiplos quebra molas que depõem contra a competência técnica dos Detrans e DERs. O motor THP foi finalmente reconhecido pela PSA como sendo produto de desenvolvimento comum com a BMW e com produção pela PSA – antes batia pé que era seu -, faz 165 cv de potência, mas sua grande diferença, imediatamente perceptível, são os 24,5 kgmf de torque em baixas rotações, com rápidas acelerações: parado a 100 km/h em 8,8 s.
A suspensão traseira é pobre com eixo rígido. Dianteira por pseudo Mc Pherson – o adjetivo descreve um desenvolvimento tecnológico e não, como pode parecer, uma intervenção tipo genérica. A transmissão mecânica tem seis velocidades, mesma quantidade da caixa de automática desenvolvida pela japonesa Aisin, com mudança sequencial – a mudança, feita na alavanca, e a falta de trava de ré, permitem o engano do engate da Ré, e os danos daí recorrentes. Direção eletro hidráulica.
Argumentos paralelos de venda, garantia de 3 anos e revisões com preços contidos.
Começar de novo. A Citroën reprojeta e atualiza o C4.
O Logan – e Etios, Versa, Cobalt – da Honda
Acabou a dúvida sobre o produto a ser feito na nova fábrica que a Honda inicia construir em Itirapina, SP. Com capacidade inicial instalada de 120 mil unidades anuais – idêntica à de sua fábrica em Sumaré, próxima a Campinas, SP – a nova instalação está dimensionada para produzir a plataforma de Fit/City. Mas não serão estes veículos, em vias de substituição, que cruzarão seus portões, mas uma linha de menor completude, simplificada, de construção econômica para ter preço final menor. Ela utilizará a atual base mecânica da família Fit e City e sobre ela construirá um veículo para ser sua primeira opção de mercado. A grosso modo a repetição do caminho aberto pela Renault com Logan, seguida por Nissan e Versa, GM e Cobalt. A fórmula é uma evolução do que se fez no Brasil, lançando carros de nova geração, porém mantendo o modelo antigo em produção. A atual fórmula é um pouco mais evoluída: utiliza a base mecânica, completa ou em partes existentes, cujo desenvolvimento já está pago, inteiramente amortizadas e, em lugar de manda-las ao ferro velho, mantém-na em produção, vestindo-a com carroceria diferente, decoração simplificada, para conseguir vender a preço inferior ao dos outros produtos, de conceitos, medidas e linhas mais modernas. Exemplo fático no pedaço é o Chevrolet Agile, montado sobre a plataforma cansada do Celta de 1994.
Em negócio de olhos puxados, poder-se-ia dizer que a Honda segue a líder Toyota, cujo representante neste segmento é o atualmente mal sucedido Etios. Mas a Honda quererá apenas a parte boa e deve aproveitar a lição para dar melhor forma à proposta mal aviada pela Toyota, que trouxe um produto feito para o mercado indiano e, apenas passando para a esquerda o volante antes situado à direita, abusando dos plásticos de má qualidade e ajuste, além ofensiva demonstração de como pouco se importa com o consumidor nacional, economizando em não mudar a posição das saídas de ar para motorista, mantendo-a como seu projeto, dirigidas a quem ocupa o banco frontal dianteiro.
Industrialmente o novo produto, ainda sem nome, será feito sobre a plataforma dos atuais Fit e City. Seus novos modelos serão lançados brevemente, logo seguidos por um pequeno utilitário esportivo, variação sobre a nova plataforma. As novidades devem provocar um arranjo de logística na Honda, entre as fábricas brasileira no Sumaré, e argentina, em Campana, a uns 100 km de Buenos Aires. Possivelmente para lá será enviada a produção do City, num processo de complementariedade industrial entre peças. Para tanto é de se projetar um arranjo de construção, dividindo operações com a fábrica que a Honda mantém em Campanha, uns 100 km ao norte de Buenos Aires.
A nova linha a ser vendida a partir de novembro de 2014 em Itirapina terá, inicialmente, hatch e sedã, dentro da fórmula econômica já adotada por outras fabricantes e se inspirará em produtos de menor preço da Honda, os aqui desconhecidos tailandeses Brio e Amaze, cujo partido de projeto é o mesmo da Toyota – para clientes de mercados emergentes, compradores sem vivência para exigir receber um bom produto em troca de seu contato dinheirinho.
A Honda aplicará R$ 1B na nova instalação industrial e quer fazer lançamento em setembro de 2014.
Honda Amaze, inspirador para o novo produto.
Hiperloop, transporte a média distância, rápido, barato para fazer e operar.
Transporte quase supersônico, projeto grátis
Já imaginou fazer uma viagem entre, por exemplo, Belo Horizonte e Brasília em 40 minutos, e por projetados R$ 50 ? E voltar pelo mesmo preço ? Já viu, não é passagem promocional em avião – até por que estas valem para apenas um trecho – mas numa proposta fática de Elon Musk, milionário sul africano e bem sucedido empresário nos EUA – acionista maior da fábrica de carros elétricos Tesla, criador do sistema de pagamento Paypal, presidente da Space X, fabricante de foguetes espaciais. O projeto leva o nome de Hyperloop e é, simploriamente um tubo elevado por pilares, em cujo interior a pressão muito baixa permitiria viagem de dezenas de cápsulas viajassem suspensas, cada uma com pequeno número de 28 passageiros, em poltronas reclinadas – para garantir a baixa altura da cápsula.
Curiosamente o milionário encomendou, desenvolveu, pagou, mas não irá implantar o projeto, inicialmente idealizado para uma linha californiana passado em seu quintal e ligando Los Angeles a San Francisco. Feitos os cálculos definiu-se que o projeto sairia por US 6B para instalar dois Hiperloops – um em cada sentido – contra US 70B de projetado trem bala para o mesmo projeto. Alegando necessidade de dedicação a seus outros negócios – o dos carros elétricos Tesla está acelerando – abre mão do interesse. Colocou na Internet, projeto completo, disponível a quem pretenda implantá-lo.
Não pense será impossível para o Brasil, exatamente porque as obras nacionais tem a característica de serem recordistas mundiais em preço elevado, em grande rede de benesses a ampla lista de periféricos formais ou não, apenas porque o sistema é gratuito e de implantação barata. Nossos políticos, fora e dentro do governo são inventivos, criativos, inimputáveis. Saberão viabilizá-lo. Quer ver ? Está em www.spacex.com/sites/spacex/files/hyperloop_alpha-20130812.pdf
Roda-a-Roda
Atrás – Construtora de carros com a racional tração dianteira, a Toyota estuda criar novo esportivo para dar referência à marca, como o fizeram o Supra, o MR2 e o Celica. Usavam motor frontal e tração traseira, sistema responsável pela melhor distribuição de pesos. A decisão da Toyota em assumir a liderança mundial de vendas sugere criar ícones esportivos. Seu engenheiro chefe, Tetsuya Tada, revelou planos de para veículos três portes, todos com objetivos claros: tração traseira e preço inferior a US$ 20 mil – uns R$ 46 mil. Conceito será mostrado no Salão de Frankfurt, setembro, dá corpo à ideia.
À frente – A Jaguar rascunha o projeto de nova família de produtos, menor, mais leve, com tração dianteira. A explicação para a mudança – a marca nunca teve carro com tração apenas nas rodas frontais – tem base legal. A regulamentação de consumo de gasolina na Europa estabeleceu 54.5 milhas por galão em 2025 – uns 24,20 km/litro – e tal medida é aferida sobre o consumo global dos carros da marca. Assim, fórmula natural é a de fazer novos carros mais econômicos, menores, para elevar a média de gasto. Como a novidade exige muito investimento, é possível que o desenvolvimento seja em comum com outra marca, um cruzamento de Jaguar.
Provocação – Do Editor para instigar leitores Alfistas, clamando pela volta da marca ao mercado nacional e, a grosso modo, argumentam pelo fato de a Argentina fazer a importação, enquanto no Brasil a definição para o retorno da marca ser constantemente adiado.
No vizinho país a Centro Milano, nova representante da marca lançou promoção de leasing do modelo Giulietta Distinctive, motor 1.4 TJet, 170 cv. Leasing com opção de compra ao final do contrato. Prazo de 48 meses, valor residual de 25%. Em reais, para idéia, entrada de uns R$ 33 mil -, prestações mensais de aproximados R$ 2.000 e finais R$ 26.000 para quitar e se tornar proprietário – ou devolver o automóvel à financeira.
Leasing de Alfa Giulietta – na Argentina. Aqui ? …
Questão – Dúvida levantada internacionalmente sobre aquisição de Tungstêniio, metal muito utilizado industrialmente, de telas em LCD a coisas brutas como virabrequim de motores. 85% da produção é chinesa e lá consumida. Outros países valem-se de outros fornecedores, como a Colômbia. E aí surge a questão ético-industrial-econômica: o tungstênio colombiano é minerado pela FARC – Força Armada Revolucionária da Colômbia – vendido para arrecadar fundos para sustentar a guerrilha terrorista. Compradores são as grandes fabricantes, Volkswagen, BMW, Ferrari …. que por política interna selecionam fornecedores apenas entre fontes limpas e legais. Entretanto, um levantamento feito pela agência econômica Bloomberg indica ser impossível separar o que provém de operações econômicas normais, e o percentual fornecido pelo terrorismo.
Fomento – A Ford está em pleno gás promocional. Para apresentar seus novos produtos. Fusion 2.5 Flex a clientes de voos, em acordo com a Airport Park, nas proximidades de Guarulhos, oferecendo a todos os usuários deslocar-se para o Aeroporto dirigindo o automóvel. Coisa rápida, fugaz, mas faz a apresentação do produto e instiga melhor conhece-lo.
Para New Fiesta, se um cliente fizer locação de unidade completa, com transmissão automatizada Powershift, por dois dias, na locadora Hertz, a Ford oferece o terceiro graciosamente. Parte do princípio que, quem dirigir, compra.
Sem noção – Anúncio do novo Fiesta coloca-o em peripécias como carro dirigido por policial em caça a meliantes e, no pega, destrói-se por capotamento o carro dos bandidos, um Dodge Charger. Quem fez não gosta de automóveis. Quem gosta não os destrói, muito menos uma boa referência da indústria nacional, e de poucos exemplares remanescentes, para fazer um anúncio fugaz, é falta de noção.
Idem – Mal formulada, mal apresentada, poucas vendas, tentativa de elevar vendas através de mal sucedida redução de preço. Junto com o Toyota Etios, a dupla de micos no mercado. Para nova tentativa diz-se, a GM re lançará a sua camioneta TrailBlaser. Retoques, motorização, preço menor. A Toyota reza no mesmo caderno: reduziu o preço, e reacerta o carro, lançando a versão corrigida no mercado argentino, abrindo prazo para apresentar as correções ao consumidor brasileiro, evitando o rótulo de re lançamento.
Ônibus – A Mercedes-Benz no Brasil fornecerá 134 chassis de ônibus para o sistema de transporte urbano BRT em Johanesburg, África do Sul. As carrocerias serão Marcopolo, multinacional brasileira de ônibus com filial na cidade. A expertise da filial brasileira em adaptar sistemas de direção para a chamada
Mão Inglesa – fluxo pelo lado esquerdo -, e a vivencia com o sistema capaz de baixar o piso dos ônibus – o ajoelhamento – determinou a escolha. A Marcopolo acaba de comemorar a produção do ônibus 50o. mil.
Sem esta – Tribunal Regional Federal da 1a. Região, em Brasília, deu provimento a Mandado de Segurança Coletivo interposto pelo Sindicato de Concessionários e Distribuidores de veículos em Brasília, contra decisão do CREA/DF – entidade corporativa de engenheiros –, que determinava a exigência de as concessionárias contar com um engenheiro mecânico. Cabe recurso. Em Brasília, há alguns anos, tentou-se medida assemelhada com entidade sindical impondo a exigência de as gráficas terem um jornalista para revisar os impressos. Também não colou.
História – Programa de televisão que mescla temas atuais com referencias históricas, o sítio Memória Motordará destaque aos vídeos e fotos de competições antigas de automóveis e motos. Criação do ex piloto de motos e jornalista João Mendes, transformar-se-á em rico arquivo a pesquisadores das competições cariocas. Detalhes, www.memoriamotor.com.br. O programa também apresentará os vídeos releases de novos lançamentos da indústria.
Mão de obra – Para quem gosta de dirigir rapidamente e quer faze-lo de maneira certa, o curso Mitsubiishi Racing Experience e a Premium Racing School, ambas fomentadas pela marca no autódromo particular Velo Cittá, em Mogi Guaçu, SP, ainda tem vagas para setembro e outubro. Coordenados pelo multi campeão Ingo Hoffmann, usa o mais novo ícone do automobilismo brasileiro, o Lancer Evo R, e dura um ou dois dias, é intensa e personalísticamente monitorado e, de acordo com os tempos de volta obtidos permite requerer carteira de piloto de competição junto à CBA.
Deveria ser obrigatório pelos departamentos de trânsito aos que acham-se capacitados a andar rápido – e na maioria das vezes é apenas um terrorista no trânsito –, e a todos os multados por dirigir sob espírito de emulação esportiva.
Antigos – Mais elegante dos concursos de automóveis antigos no mundo, o californiano Pebble Beach terá presença de dois Mercedes-Benz levados pelo Museu desta fábrica. Como esportivo, um Benz – a marca ainda não se fundira com a Mercedes – Prinz Heinrich 1910. Restaurado pela Mercedes-Benz Classic, é um dos primeiros verdadeiramente esportivos. Motor com 5.400 cm3, quatro cilindros, 16 válvulas, dupla alumagem – dois magnetos e duas velas por cilindro, 80 cv e velocidade máxima de 126 km/h. No segmento luxo levará outro Benz, o 24/40 hp Landaulet 1907. O evento, em seu 63o. ano, reúne à beira da famosa praia de cascalho 250 veículos convidados, entre automóveis e motos. Nele a marca conseguiu inúmeros prêmios, incluindo o disputado e exclusivo Best of Show.
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