Desde os anos 60 o Ford Mustang é um dos carros mais desejados em todo o mundo. Um dos pouquíssimos carros produzidos na América do Norte que ganhou fama e desejo nos quatro cantos do planeta. Até na Europa, tão avessa aos carros americanos, tanto pelo tamanho como pelo design e consumo, o Ford Mustang ganhou fãs e hoje colecionadores.
Nos Estados Unidos, virou uma febre. Era o carro de desejo, o sonho de consumo. Depois da versão desastrosa lançada no meio dos anos 90, o Mustang ganhou uma nova geração, muito mais parecida com a inicial. E o Motor teve o prazer de andar numa pista no interior de São Paulo, no modelo top de linha e o mais potente já produzido, antes dele retornar ao seu Pais de origem.O Mustang Shelby Cobra GT 500 foi trazido para o Brasil pela própria Ford Motor Company Brasil.
Além do design, o maior destaque está debaixo do capô. O GT 500 tem um motor com compressor, V8 de 5,4 litros, 32 válvulas que desenvolve nada menos que 507 cavalos de potência máxima a 6 mil totações por minuto. O torque é de nada menos que 48,9 kgf.m a 4.500 rpm. Para se ter uma idéia, vamos comparar na média com os carros populares produzidos no Brasil, os malfadados milzinhos.
Para começar, o Mustang GT 500 em cinco e meio motores, seis vezes mais cavalos e a mesma quantidade de força (torque). É pouco? Então vamos acelerar. Logo de saída, com o acelerador tolado no fundo, os passageiros literalmente grudam no banco. A velocidade vai crescendo de maneira emocionante. De 0 a 100 km/h em apenas 4,5 segundos e a velocidade continua crescendo. A velocidade máxima é de 300 km/h, mas por segurança está limitada em 250 km/h. É uma limitação idiota, como ocorre na maioria dos carros alemães, pois quem compra um carro desses, deve ter consciência até onde o seu “braço” agüenta. É chamar o seu comprador de irresponsável.
Mas vamos ao que interessa. O carro simplesmente “engole” o asfalto e rapidamente chega nas curvas. Na primeira curva, dá para sentir os freios Brembo, com quatro discos gigantescos, que auxiliados pela tecnologia embarcada, como por exemplo, o ABS, param o carro sem sustos. Tangência, e a maravilha tende a sair de frente, corrigida a frente, lá vai a traseira embora. Tudo tem fácil correção, mas é necessário destacar que estamos andando no limite. A estabilidade poderia ser muito melhor se o projeto da suspensão traseira com eixo rígido, acompanha-se os demais itens do carro. É uma pena, pois melhoraria muito a estabilidade e dirigibilidade.
A potencia é tanta, que o controle de tração, nem sempre dá conta do recado e necessita da ajuda do motorista/piloto. O câmbio de seis marchas tem engates esportivos e bom escalonamento. A embreagem, como em quase todos os esportivos, é dura e curta. À medida que o motorista pega confiança, vai ficando mais agradável e dá para andar cada vez mais rápido. É simplesmente fantástico. Já ia esquecendo: por dentro, mantém o estilo retrô, com acabamento em couro de excelente qualidade, como por sinal tudo neste modelo. Todos os controles, agora mais modernos, estão perto das mãos. Realmente é um carro para poucos. A Ford pretende fabricar apenas 2.300 unidades entre o coupé e o conversível, este último chega ao mercado norte americano no mês que vem.
A Ford nacional garante que não irá importar oficialmente o Mustang em nenhuma versão para o Brasil, ficando para os importadores independentes essa “árdua” missão. Vários importadores já comercializam, com preços que variam entre 325 e 350 mil reais.