Coluna 2517 21.junho.2017
Novo Polo, maior, mais equipado
VW mostra o novo Polo. Nada a ver com o Gol
Matriz alemã da Volkswagen não fez segredinhos, apresentou o novo Polo, anunciando exibi-lo no Salão de Frankfurt, setembro. Após, mostra à imprensa, matérias em caudal, início das vendas em outubro. No Brasil idem.
Apresentação esmaga a tese infundada de ser o substituto do Gol. Ao contrário, será intermediário entre este e o Golf, feito nas beiradas de Curitiba, Pr. Produto competente na história mundial e na da VW, com quase 15 milhões de unidades vendidas, sexta geração é parcela na conta para manter sua liderança mundial, baseada em projeto totalmente novo.
Maior 81mm = 4.053mm; mais largo 69 mm = 1.751 mm; entre eixos crescido em 94 mm = 2.564mm; levemente mais baixo, 07mm. Cresceu externa e internamente. Novo produto, emprega base com a sigla MQB, de aplicação mundial, permitindo processo de estica e comprime, servindo a vários atuais veículos da marca – Polo, Golf, Audi A3 e Q3, Seat, Sköda – e a futuros como o desdobramento sedã chamado Virtus, ao especulado utilitário esportivo TCross.
Cabine interna, decoração e motores variam de mercado a mercado, mas se a sinalização europeia servir de parágono ao Brasil, terá o 2,0 litro TSI – turbo com injeção direta – e 210 cv. Outros, 1,00 TSi; 1,5 TSI e 150 cv.
Para não ser apenas mais um projeto, bem se caracteriza pelo ganho de espaço interno e agregação de eletrônica pró-segurança apenas encontrável em produtos de maior tamanho e preço. Na lista controle de cruzeiro adaptativo – dito erroneamente piloto automático; luzes em LEDs; sistema de estacionamento automático Parkassist; detector de ângulo morto; painel digital; recebendo comandos por ele, e novos instrumentos digitais.
Letal
Comenta-se no sócio do Mercosul, também servirá como base a curioso Proyecto Bala de Prata. O nome, tão insólito quanto pretencioso, resume o animus da VW para voltar a crescer no mercado, criando produto próprio, arma para matar o Toro, o picape da Fiat atualmente o mais vendido do mercado.
Em inadequação de nomes, melhor exemplo
Hyundai Kona muda nome para Portugal
Hyundai exibiu e lançará no Salão de Frankfurt, setembro, SAV compacto, o Kona. Alertada pelo importador português, alterou denominação para países lusófonos: Kauai, nome de ilha havaiana, como Kona o é no restante do mundo.
Globalização exige sensibilidade e cuidado com nomes para evitar conotação distante do buscado. A sonoridade do Kona nos países de língua portuguesa, remete a vocábulo identificador do órgão sexual feminino, ensinam dicionários do Aurélio e Infopedia da Lingua Portuguesa, Porto Editora, 2007-2013.
Tem mais
Não é caso isolado, tendo ocorrido com o Opel Ascona, na década de 90, rebatizado 1604 nos países lusófonos. Por idêntica razão, na Alemanha o emblema do digno Rolls-Royce Silver Mist identifica-o como Silver Shadow. Lá, Mist significa estrume. Pelas razões lusas na Suécia o Mercedes-Benz Vito tem outro nome, e na mesma Escandinávia, Honda Fit virou Jazz na Noruega.
Em Israel marca coreana Kia em Israel é Kaia, para fugir ao som original em Hebraico designando vômito. No mercado latino americano o Mitsubishi Pajero é dito Montero, pois nos vizinhos Pajero indica o adepto da masturbação.
No Japão Mégane, um Renault, significa óculos; na Itália Jetta da Volkswagen Jetta remete a azar. Caso mais curiosamente marcante, japoneses Mazda chegando ao movimentado mercado chileno levaram modelo portando na plaqueta um bem desenhado Laputa. Significado idêntico para nós, porém instada e alertada, a Mazda deixou rolar, mantendo o nome.
Brasil já importou chinês chamado Chana, no oposto um Picanto, fabricou um Picasso, desconhecendo-se arrepios, protestos ou inibição de vendas ante o prenome.
Que nome portará em nosso país em cenário de larga flexibilidade de costumes e incapaz de se surpreender ante a sequência de escândalos e do esgarçar de costumes ? Consultado, Cassio Pagliarini, diretor da marketing da Hyundai Brasil afastou a questão, informando inexistir planos de trazer o Kona.
Roda-a-Roda
Jogo duro – Segunda feira, penúltimo dia do Salón do Automóvil, em Buenos Aires, o governo da Argentina considerou atendidas exigências para a ida do Presidente Maurício Macri ao evento. Lá, última visita presidencial foi em 2007!
Ajustes – Governo e fabricantes estão em abrasão. Um exige melhor comportamento de nacionalização e acertos com as trocas com o Brasil para ajustar a balança comercial no setor. Indústria quer menores impostos. Nas exigências, cada canto de cada estande tivesse produtos nacionais.
Quase – Nas exigências, cada canto de cada estande tivesse produtos nacionais.
Na Nissan todas as atrações eram importadas – México, Japão, Brasil -, mas a promessa de fazer o picape Frontier desviava atenção da origem mexicana.
Coerente, Macri não visitou estandes dos importadas, sequer o dos picapes DFSK, agora representados por sua família.
Não – Fiat encerrou teorias sobre desdobrar da recém lançada família Argo. Fonte acreditada confirmou a versão sedã a ser produzida na Argentina até o final do ano, mas negou usar a plataforma para criar eventual jipe e novo picape Strada.
Sin pressupuesto – Coluna falou com autoridade no Salón de Buenos Aires e recebeu resposta em espanhol com sotaque portenho. Não há orçamento. Ausência de fundos enterrou o projeto do Baby Jeep, sonhado produto Fiat, sem um utilitário esportivo para chamar de seu.
Atualização – Kawasaki reviu e melhorou seus modelos Ninja 650 ABS e 1000. Aparência mais agressiva no desenho de farol e rabeta, inspirados na versão SuperSport; eletrônica revista. 650 teve motor remapeado para melhorar reações em baixas e médias rotações.
A outra – 1.000 – na verdade numérica 1.043 cm3 – também recebeu re mapeamento para reagir melhor com seus 142 cv de potência. Quanto? 650 ABS – R$ 34 mil; 1000 ABS Tourer R$ 57.000; 1000 Tourer R$ 60 mil.
Modal – Plotando aumentar tecnologia e reduzir consumo e emissões, Cia Vale do Rio Doce aplicou em suas locomotivas da Estrada de Ferro Carajás nova tecnologia dita Trip Optimizer. Sincroniza as operações e, se o caso, dispensa a intervenção do maquinista ao acionar controle de velocidade de cruzeiro.
Fim – MAN Latin America encerrou a produção do VW 18.310 Titan Tractor, ferramenta para chegar à liderança. 15 anos de sucesso, mais de 15 mil unidades vendidas. Entra para a história com dignidade: ficará exposto na fábrica em Resende, RJ, junto com o primeiro caminhão da marca, 1981, e a primeira unidade do Constellation, 2006.
Caminho – Jaguar Land Rover abriu fábrica em Coventry, Inglaterra para ser base de operação das marcas para veículos antigos. Negócio amplo: consultoria, peças, serviços, restauração com padrão de fábrica, vendas.
Nome – Chama a operação de JLR Classic Legends, e serviu-se de exemplo aberto pela Mercedes-Benz Classic, operação próxima à matriz alemã e na Califórnia. Terá tido simpatia do controlador da marca, Ratan Tata, colecionador de Rolls-Royces construídos especialmente para marajás.
Cultura – Newport Car Museum iniciou operar na cidade do mesmo nome, Rhode Island, EUA – uma hora de Boston e três desde Nova Iorque. Coleção particular e agregados por comodato, 50 unidades contam 60 anos da indústria.
Razão – Não há fundamentos lógicos para um particular montar museu. Casal Gunther e Maggie Buerman juntou esforços e acervo para implantar o negócio.
Base – Nos EUA todo empreendimento é bem vindo, a comunidade apoia e os governos aplaudem – e não atrapalham. Há, também, cultura tributária permitindo doações descomplicadas e viabilizadoras.
Fundos – São estas, a locação de espaço para eventos, e as entradas US$ 5 a US$ 18, – aproximados R$ 18 a R$ 60 -, pretendem manter o negócio. Espaço cedido pela Raytheon em antiga fábrica de mísseis
Gente – Darcy de Medeiros, 73, mecânico, passou. Carreira com os irmãos Fittipaldi, dos Fórmula Vê ao Copersucar. Ajudou em desenvolvimento e soluções, vindo até a recente Fórmula Vee. Um mestre.
Humberto Gómez, mexicano, engenheiro civil, novo diretor de Marketing. Rodolfo Possuelo, brasileiro, ex gerente de serviço ao cliente Ford, Diretor Pós-Venda. Ambos Nissan. Empresa é case para TCC em faculdade de administração: imbatível na mudança de diretoria.
Henrique Sampaio, formulador do up! tsi, mudou de estrada. Deixou a Via Anchieta pela Dutra como diretor de Marketing e Vendas direta na Chery. Idem a Fábio Souza Campos, também ex VW, novo gerente de vendas a frotistas na chinesa.
Eduardo Souza Ramos, executivo, vencedor do 13O. Campeonato Brasileiro de HPE 25, regata em Ilhabela, SP. Liderou equipe vencendo três das oito etapas. Aos 75, fabricante de Mitsubishis, mercado caído à metade, operando duas vezes por semana, nova referência em resiliência.
Mercedes ajusta produtos e assistência
Depois das vendas, Mercedes incentiva serviços nos pesados
Após ouvir clientela e aplicar mudanças em seus caminhões de maior peso, oferecendo dupla habilidade de andar em asfalto e fora dele, em especial para a colheita de grãos, Mercedes-Benz desenhou pacote para manutenção com previsibilidade de custos válida em todo o país. Não é gabarito para incluir todos os modelos, mas tem desenho particular de acordo com o tipo de uso, especialmente transporte de produtos agrícolas. No caso, há diferenças temporais na dedicação ao transporte e a manutenção é programada fora do pico da colheita e transporte.
Inicialmente o programa de previsibilidade de custos se aplica aos pesados Actros e Axor e ao transporte de grãos, mas a atividade migrará aos caminhões mais leves, oferecendo garantia de 12 meses com opção de parcelamento sem juros em 3 vezes. Preços estarão fixos até o final do ano e para criar canal de comunicação direta consultando informações e tirando dúvidas, clientes devem acessar sítio próprio, o www.vantagensdeverdademb.com.br
A colheita de grãos tem panorama complexo, dependendo do tipo, época de produção, colheita e transporte, itinerários, local de cultivo, tipo de veículo, desgaste específico, criando mercados diferenciados e necessidades específicas, agora protegidas pela Mercedes-Benz.