A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apresentou, em São Paulo, o desempenho de julho da indústria automobilística. No sétimo mês do ano a produção de autoveículos alcançou 224,8 mil unidades, alta de 17,9% sobre as 190,6 mil do mesmo mês do ano anterior e de 5,9% ante as 212,3 mil de junho passado. O período acumulado da produção aponta para alta também: 22,4% ao se comparar as 1,49 milhão de unidades de 2017 com as 1,22 milhão de 2016.
No licenciamento de autoveículos novos, julho registrou 184,8 mil unidades, diminuição de 5,2% na análise com as 195,0 mil de junho e aumento de 1,9% sobre as 181,4 mil de julho do ano passado. Na soma dos primeiros sete meses as vendas chegaram em 1,20 milhão de unidades, acréscimo de 3,4% frente as 1,17 mil de 2016.
Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, o cenário de vendas continua estável e há uma boa expectativa com a melhoria de alguns indicadores econômicos:
“Este foi mais um mês que comprovou a estabilidade das vendas. A média diária continua próxima da casa das 9 mil unidades e ficamos acima do mesmo mês do ano passado, apesar da base de comparação ser baixa. Entretanto, o cenário econômico tem apresentado sinais positivos, como a forte queda da inflação e também da taxa básica de juros. Com as próximas reformas, esse panorama pode melhorar cada vez mais”.
As exportações de autoveículos mantiveram ritmo crescente: as 65,7 mil unidades enviadas para outros países em julho representam elevação de 42,5% no comparativo com as 46,1 mil de igual mês de 2016, mas uma leve baixa de 2,4% contra as 67,4 mil de junho. Nesses sete meses, 439,6 mil unidades foram exportadas, alta de 55,3% quando analisado com as 283,1 mil do ano passado. O resultado acumulado de 2017 permanece como o melhor da série histórica.
As vendas de caminhões novos subiram 7,5% na comparação das 4,5 mil unidades de julho com as 4,2 mil de junho, mas caíram 3,2% sobre as 4,7 mil do mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano o registro é de baixa de 14,1%: 26,0 mil unidades foram negociadas nesse ano e 30,3 mil em 2016.
A produção do segmento em julho ficou em 7,2 mil unidades – acréscimo de 6% em relação as 6,8 mil de junho e de 41,5% quando defrontado com as 5,1 mil de julho do ano passado. Até o último mês, 43,2 mil caminhões foram produzidos, 19% acima dos 36,3 mil de 2016.
Os fabricantes de caminhões exportaram no último mês 3,0 mil unidades, resultado superior em 6,2% em comparação com as 2,8 mil de junho e maior em 57,3% ante as 1,9 mil de julho de 2016. No acumulado do ano, os dados apontam crescimento de 47,4%: foram 16,6 mil este ano contra 11,3 mil um ano antes.
No segmento de ônibus, as vendas em julho somaram 1,2 mil unidades, baixa de 1,0% ante as 1,3 mil de junho e de 27,0% em relação as 1,7 mil de julho do ano passado. Nos sete primeiros meses deste ano 6,1 mil unidades foram comercializadas, número menor em 16,9% contra as 7,4 mil de 2016.
Na produção, 2,3 mil chassis para ônibus saíram das linhas de montagem em julho, leve alta de 2,9% no comparativo com as 2,2 mil de junho, e salto de 40,7% ante as 1,6 mil de julho de 2016. No ano, até agora 12,3 mil unidades foram fabricadas, crescimento de 12,9% com relação as 10,9 mil unidades do ano passado.
As exportações de ônibus no acumulado estão estáveis em 4,9 mil unidades, mesmo resultado registrado em 2016.